A questão do olhar envolve algo mais que a capacidade de receber as informações por meio dos órgãos sensoriais. Esse processo abarca um compreender as imagens como instrumentos da tarefa de abstrair do meio algo mais que o comumente visto. Com o objetivo de chamar a atenção para a relação imagens, objetos, sujeitos e olhares, o presente trabalho se apóia em um ensaio fotográfico que partindo da técnica de pinhole, que favorece uma distorção das imagens capturadas pelas máquinas artesanais, provoca um olhar diferenciado frente a imagens cotidianas da cidade de Montes Claros. As imagens foram escolhidas a partir de sua importância no contexto sócio-cultural da cidade norte mineira, de modo que a sua captura pelo “buraco da agulha” provoque um novo olhar a partir da perspectiva do diferente que favorece a criticidade e abre oportunidade para um novo pensar sobre a realidade própria do cotidiano.

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